“ Uma experimentação transcendental de estilos, parcerias, épocas, a “força de uma verdade”. O diretor disse que o que o estimulou a realizar o documentário foi a “potência delas” (“a vida é feita de escolhas”). Sim, Luhli e Lucina souberam aproveitar cada momento de suas existências. Sim, “Yorimatã” é o resultado desta “viagem” ultra mega interessante pelo universo político e cultural brasileiro. ”
“Além de trazer mais à luz a originalidade multiétnica das compositoras e o seu talento performático, YORIMATÃ funciona hoje como um necessário manifesto anticonservadorismo. O desassombro libertário, profundamente honesto, de Luhli e Lucina comprovou ser mais que um delírio hippie. Ficou como exemplo de afetividade integral que resiste aos desencontros da vida.”
“Nesse aspecto, Yorimatã trata, de modo mais original do que os demais filmes sobre o assunto, da chamada contracultura no Brasil, ou seja, das rupturas comportamentais, em termos de reinvenção, em liberdade, das relações amorosas e das vidas pessoais, familiares, comunitárias e sociais, por parte de setores da juventude, em plena ditadura política.”
“Assistir Yorimatã se faz de extrema importância para todos aqueles que se interessam por música, feminismo e liberdade. E o mais curioso é perceber, que mesmo tendo se passado algumas décadas, o quanto ainda estamos caminhando a passos lentos em temáticas como essas que estão presentes no filme. ”
“A história de vida das duas nos faz olhar para a nossa historia e pensar o quanto poderíamos mudar ou podemos mudar para termos uma vida melhor e mais saudável mentalmente e o quanto isso prejudicaria a vida profissional que temos. ”
“As suas quase duas horas de projeção são necessárias e muito bem-vindas para que o filme possa brindar o público não somente com trechos da vasta, belíssima (e pouco conhecida do grande público) obra da dupla, como também com algumas de suas canções saboreadas na íntegra, deliciosamente sem pressa, sem a ansiedade dos cortes rápidos da linguagem televisiva. “Yorimatã” é puro cinema.”
“Yorimatã faz um passeio sonoro pela música, pela vivência hippie de amor livre e desapego material, pela intensa conexão com a natureza e seus mistérios, pela inspiração vinda da umbanda, passando pela construção dos próprios instrumentos musicais e pelo preconceito que a dupla sofreu por causa do relacionamento a três.”
“Se “Yorimatã” fosse um documentário objetivo e explicadinho, a mágica se perderia toda. Assim, o diretor Rafael Saar toma a certeira decisão de deixar a história se construir no tempo dela, compondo mais um retrato musical do que uma narrativa.”
“O documentário, como um grito que saúda a criança da mata tem muito dessa atmosfera setentista e uma ligação muito forte com a natureza. E a musicalidade que provém desse encontro entre sensibilidade, amor e energia que vem da terra. Excelente opção para os amantes de MPB.”
“Há uma profunda ligação entre a natureza e a arte multifacetada da dupla Luhli e Lucina. Não à toa, as primeiras imagens de Yorimatã evocam essa cumplicidade. O cineasta Rafael Saar busca dimensionar as artistas como fenômenos espaciais, por assim dizer, ressaltando sempre que pode o valor delas para o meio, e vice-versa. ”
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