Os canais de Santos não foram construídos para recolher o esgoto sanitário, mas sim as águas das chuvas. No final do século XIX, a situação sanitária da cidade era precária. O lixo era jogado nas ruas e córregos, que dificilmente desaguavam no mar. Faltava um sistema de esgoto encanado. A cidade foi assolada por epidemias que começavam a avançar pelo interior do Estado de São Paulo, ameaçando a mão-de-obra (imigrantes) utilizada na lavoura do café, além de tornar maldito o principal porto de exportação do Brasil. Então, o governo estadual interviu na municipalidade, através de comissões para a realização de obras e campanhas. Como engenheiro-chefe da Comissão de Saneamento de Santos, Saturnino de Brito projetou um sistema de esgotos e os canais de drenagem pluvial, dois sistemas sem ligações entre si.
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